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António Zambujo na “Cidade”: a história de sucesso de um homem que só quer “cantar e tocar”

António Zambujo
António Zambujo

Ao décimo álbum, António Zambujo conta a história de “uma pessoa normal” na cidade. Há muita solidão nestas canções escritas pelo amigo Miguel Araújo, mas também a doçura e a leveza de sempre. Os planos de lançar mais discos “monocasta”, com canções de um só autor, e os princípios de um percurso norteado pela simplicidade são outros temas da conversa com o músico de Beja, ainda e sempre apaixonado pelas vozes de Caetano Veloso, João Gilberto ou Chet Baker. “A única coisa que quero é cantar e tocar, mais nada”

António Zambujo na “Cidade”: a história de sucesso de um homem que só quer “cantar e tocar”

Lia Pereira

Jornalista

No passado verão, António Zambujo estava de férias quando reparou num fenómeno não totalmente novo, mas potenciado pela tecnologia do momento. “Fazemos férias com vários casais com filhos, e a seguir ao almoço há sempre aquele momento em que os adultos ficam sentados à mesa e os miúdos iriam supostamente brincar.” Na verdade, o que as crianças faziam era algo diferente: “levantavam-se da mesa e, quando dávamos por eles, estavam cinco ou seis miúdos, cada um sentado na sua cadeira, com o tablet ou o telemóvel. Depois interagiam um bocado, porque descobriam jogos que dava para jogar online”, conta. “Mas, de resto, estava cada um com o seu telemóvel e não se ouvia um pio. Não há diálogo, e isso assusta-me.” A história surge a propósito de “Cidade”, décimo álbum de António Zambujo, que reúne uma dúzia de canções subordinadas, entre outros temas, ao mote da solidão urbana.

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