Capitão Fausto

Quando filhos e netos (ou até bisnetos) quiserem saber mais sobre a música da nossa geração, vamos ter de falar do bonito percurso que Tomás Wallenstein, Manuel Palha, Domingos Coimbra, Francisco Ferreira e Salvador Seabra começaram em 2011.  

Os Capitão Fausto deram-se a conhecer com Gazela, um disco onde as canções juvenis e os hinos pop vieram catrapiscar os ouvidos dos melómanos mais atentos. Em 2014, “os putos” de Alvalade voltaram para “Pesar o Sol” e procurar a emancipação no panorama musical português. Já em 2016 gritavam que os “Capitão Fausto Têm os Dias Contados” mas não podiam estar mais enganados porque as malhas doces do pop encontraram as letras do dia a dia e fizeram uma das obras primas da sua geração.  
Como crescer é para todos, “A Invenção do Dia Claro” chegou em 2019. A inspiração em Almada de Negreiros resultou em hinos como “Sempre Bem”, “Faço As Vontades” e “Amor, a nossa vida”, mostrando uma banda que renasce a cada disco, que se renova com o cuidado de quem quer construir uma carreira sólida, de uma forma aparentemente galopante mas sem o torpor do deslumbramento.  

Vai ser uma história bonita de contar aos nossos putos. Ainda só conhecemos quatro capítulos mas já temos a "Certeza" de que os próximos vão terminar "Sempre bem". Cada vez melhores.